O sedentarismo se espalha como um “mal silencioso” em nossa sociedade, afetando pessoas de todas as idades e estilos de vida. Sem atividade física, o corpo fica estagnado e doenças podem aparecer sem que a gente perceba. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quem quer garantir uma vida saudável precisa se movimentar: cerca de 10 mil passos por dia ou pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana já podem fazer uma diferença enorme. No Brasil, o Ministério da Saúde reforça que essa falta de movimento está diretamente associada a problemas graves, como hipertensão, diabetes, AVC e doenças cardíacas. Mas afinal, por que dizer que o sedentarismo é um mal silencioso que devasta a nossa saúde? Por que ele é tão perigoso? Vamos entender!
O que é o Sedentarismo?
Sedentarismo é o estado de pouca ou nenhuma atividade física regular. Ao contrário do que muitos pensam, não é só a falta de exercícios na academia que caracteriza o sedentarismo, mas qualquer rotina onde o corpo passa a maior parte do tempo parado. Segundo o IBGE, 40,3% dos adultos brasileiros são considerados sedentários. A circulação sanguínea e o sistema linfático dependem do movimento muscular para eliminar resíduos e levar nutrientes às células. Quando não nos exercitamos, o “esgoto celular” vai se acumulando ao redor das células, impedindo que elas recebam oxigênio e nutrientes adequados. Como explica o Dr. Lair Ribeiro, isso afeta diretamente nosso organismo, criando um “pântano” de toxinas ao redor das células que, sem o movimento adequado, deixam de funcionar corretamente, deixando o organismo vulnerável a várias doenças.
A OMS estima que cerca de 1,8 bilhões de pessoas no mundo são sedentárias, colocando-as em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência e câncer. Além disso, estudos mostram que a inatividade física está associada a um aumento de 35% nos níveis de obesidade e outras doenças crônicas até 2030.
Sintomas e Causas: Como o Corpo Reclama?
Os sintomas do sedentarismo podem variar, mas geralmente incluem cansaço constante, dificuldades para respirar, dores nas articulações, aumento de peso e até ansiedade e depressão. A falta de exercício físico afeta o metabolismo, reduzindo a queima de calorias e facilitando o ganho de peso.
As causas do sedentarismo são muitas: o estilo de vida moderno, o uso excessivo de tecnologia, o trabalho de escritório e até a falta de políticas que incentivem a prática de esportes. E não se engane: atividades diárias, como subir escadas ou carregar compras, ajudam um pouco, mas não são suficientes para combater o sedentarismo, como alerta o Dr. Drauzio Varella.
Exames e Avaliações: Como Saber se Sou Sedentário?
Para entender melhor o estado de sedentarismo e possíveis riscos à saúde, alguns exames e avaliações podem ajudar:
– Avaliação física básica: mede a resistência física, capacidade respiratória e força muscular.
– Exames cardiovasculares: avaliam a saúde do coração e do sistema circulatório.
– Exames metabólicos: verificam os níveis de colesterol, glicose e outros indicadores metabólicos.
– Exame de bioimpedância: mede a composição corporal, mostrando a proporção de massa magra, gordura e hidratação.
Consultar um médico antes de iniciar uma atividade física é essencial, principalmente para pessoas com doenças crônicas, gestantes e idosos.
Orientações de Atividade Física para Cada Fase da Vida
- Adultos: A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, o que equivale a 30 minutos por dia, cinco vezes na semana. Caminhadas, corridas leves, musculação e exercícios funcionais são ideais. Incluir alongamentos e fortalecer a musculatura são fundamentais para evitar lesões.
- Crianças e Adolescentes: Para essa faixa etária, o ideal é cerca de 60 minutos diários de atividades que combinem diversão e movimento, como brincar ao ar livre, andar de bicicleta, jogar bola, ou praticar esportes coletivos. Assim, desenvolvem-se habilidades motoras e o gosto pelo movimento, fundamental para a fase adulta.
- Idosos: Atividades leves, como caminhadas e hidroginástica, são recomendadas para melhorar a mobilidade, o equilíbrio e a força. Exercícios de baixo impacto fortalecem o corpo, mantendo a flexibilidade e prevenindo quedas.
- Gestantes: Com a liberação médica, atividades leves, como caminhada, pilates e alongamentos específicos, ajudam a preparar o corpo para o parto e a manter a saúde. O foco é a adaptação à gestação e o fortalecimento da musculatura pélvica.
- Pessoas com Doenças Crônicas: A prática de exercícios é recomendada, mas sempre com a supervisão de um profissional da saúde. Atividades como musculação leve, alongamento e caminhada controlada podem ajudar a reduzir sintomas de diabetes, hipertensão e outras condições, promovendo uma maior qualidade de vida.
Como Sair do Sedentarismo
Sair do sedentarismo começa com pequenas mudanças no seu dia a dia. Primeiro, incorpore atividades simples, como caminhar mais, optar por escadas em vez de elevador, ou fazer pequenas pausas para se alongar. Encontre uma atividade física que te dê prazer ou um ambiente que te motive a se exercitar, seja uma academia animada, um grupo de amigos para jogar bola ou até mesmo um parque agradável para correr. A chave é a consistência: repita a atividade até que ela se torne um hábito. Lembre-se, cada passo conta para transformar sua rotina sedentária em uma vida mais ativa e saudável. Portanto, mexa-se e sinta a diferença!
Benefícios Físicos e Mentais de uma Vida Mais Ativa
Manter-se ativo é um investimento que traz retorno em todos os aspectos da vida, combatendo de frente o sedentarismo, esse mal silencioso que pode devastar a nossa saúde. No corpo, a atividade fortalece a musculatura, melhora a circulação, regula o peso e fortalece o sistema imunológico. No lado mental, uma boa rotina de exercícios físicos reduz o estresse, melhora o humor, combate a ansiedade e a depressão, além de proporcionar uma sensação de bem-estar geral.
Persista e Descubra o Prazer do Movimento!
Para muita gente, atividade física pode parecer um desafio — e nem sempre é por falta de tempo ou disposição. A verdade é que nem sempre gostamos de tudo que precisamos fazer, mas entendemos sua importância. Nossa geração é a primeira a ter que fazer da atividade física uma escolha consciente, ao contrário das gerações anteriores, que se movimentavam naturalmente pelas condições do ambiente. Hoje isso exige determinação e força de vontade. Como se diz: “a repetição é mãe da retenção”, então o caminho é esse: repetir, repetir, repetir até se tornar um hábito e um novo estilo de vida.
Comece devagar, respeitando seu ritmo e, a cada semana, aumente o tempo ou a intensidade dos exercícios. Alie uma boa alimentação para fortalecer essa nova rotina. Lembre-se de que consistência e persistência são essenciais para viver com mais energia, saúde e bem-estar. Não importa como ou onde — o importante é se mexer e assim se livrar de vez desse mal silencioso – o “bendito” sedentarismo!
