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IMC: O que é e como encará-lo

Quando ouvimos falar em saúde, uma das primeiras coisas que vem à mente é o famoso Índice de Massa Corporal, o IMC. Mas será que estamos olhando para ele da forma certa? E mais importante: será que ele está ajudando ou atrapalhando a forma como nos vemos e cuidamos da nossa saúde? Neste artigo, vamos saber o que é o IMC e como devemos encará-lo. Também vamos conhecer sua história e analisar sua verdadeira função, suas limitações e como ele pode impactar a forma como enxergamos nossa saúde e bem-estar. Preparado? Então vamos!

 

A História do IMC

Antes de mais nada, você sabia que o IMC foi criado no século XIX? Sim, o famoso matemático belga Adolphe Quetelet inventou essa fórmula lá pelos anos 1830. Mas, acredite ou não, ele não estava preocupado com dietas ou looks de verão. A ideia original do IMC era bem diferente do que usamos hoje – Quetelet estava mais interessado em entender a média de peso e altura da população, e não em definir se alguém estava “gordo” ou “magro”. O IMC só foi ganhar o status de “guia da saúde” mais de 100 anos depois, com a ajuda da Organização Mundial da Saúde.

Ou seja, estamos usando uma fórmula centenária, criada para fins estatísticos, como se fosse o termômetro definitivo da nossa saúde moderna. Parece justo?

 

IMC e Autoestima: Você é Mais Que um Número!

Agora, vamos combinar: colocar toda a nossa saúde em um número pode ser frustrante. O IMC não mede felicidade, disposição ou a qualidade do sono. Ele não sabe se você é uma pessoa ativa, ou se está correndo atrás de seus sonhos (literalmente ou figurativamente). Na prática, o IMC pode acabar sendo uma referência limitada.

Se você já calculou o IMC e ficou preocupado com o resultado, calma. Você vale bem mais que essa conta! É muito comum ver pessoas com IMC “perfeito” que, no entanto, estão lutando com questões de saúde, enquanto outras, com um IMC mais alto, estão mais felizes e saudáveis do que nunca.

Por isso, em vez de se apegar ao número, pergunte-se: Como me sinto? Como está minha energia e disposição? Minhas roupas estão confortáveis? Se essas respostas forem positivas, talvez o IMC esteja te enganando um pouco. Afinal, o verdadeiro objetivo de uma vida saudável é o bem-estar, e não o encaixe em uma faixa de peso pré-definida.

 

Desmistificando o IMC: Onde Ele Funciona (e Onde Não Funciona Tanto)

Como tudo na vida, o IMC tem suas limitações. Vamos olhar algumas situações em que ele não reflete a realidade:

– Atletas e Musculosos: Se você é um daqueles que ama academia e ganha massa muscular, pode acabar com um IMC considerado “alto”. Mas, na verdade, é só músculo! E isso o IMC não consegue distinguir. Então, imagine o Hulk calculando seu IMC… ele estaria na categoria de obesidade severa, mas não seria o caso, certo?

– Diferenças Individuais: O IMC também ignora coisas como a densidade óssea, idade e a distribuição de gordura corporal. Por exemplo, pessoas mais velhas podem ter um IMC saudável, mas, na realidade, estar com perda de massa muscular, o que pode indicar um risco de saúde.

Ou seja, o IMC pode servir como um “alerta”, mas não é a última palavra sobre o que está acontecendo no seu corpo.

 

O Que Realmente Importa

Em vez de focar no IMC como um veredito final, que tal encará-lo como um dos muitos elementos que compõem sua saúde? Outros indicadores são igualmente, ou até mais, importantes:

– Circunferência abdominal: Gente, aqui está uma medida prática! Um aumento na gordura abdominal está diretamente ligado a riscos maiores para a saúde, como doenças cardíacas, por exemplo. Então, se quer um número para se preocupar, dê uma olhada na fita métrica. O conhecido influenciador digital e fisiculturista, Renato Cariani, num vídeo sobre o assunto, disse: “O cinto de sua calça vai dizer muito mais sobre sua evolução do que uma balança”.

– Percentual de gordura: Um outro método muito usado pelos profissionais de saúde é medir o percentual de gordura corporal. Isso sim mostra se você está com excesso de gordura ou se sua composição corporal está no caminho certo. Diferente do IMC, ele considera a quantidade de gordura no corpo de maneira mais específica e é uma ótima ferramenta para acompanhar mudanças quando você está buscando melhorar sua saúde ou forma física.

 

IMC versus Bem-Estar

Por fim, se o IMC te faz sentir mal ou ansioso, lembre-se: ele é só um cálculo. Um cálculo antigo, criado para fins estatísticos e que, sozinho, não reflete o que realmente importa: seu bem-estar físico e mental. Mudar hábitos alimentares e de exercício, melhorar o sono e cuidar da saúde mental merecem muito mais a sua atenção e preocupação do que simplesmente o seu bendito IMC. Portanto, agora que você sabe melhor o que é o IMC e como deve encará-lo, foque no que realmente faz a diferença: uma vida equilibrada e feliz, onde você se sente bem consigo mesmo, por dentro e por fora.

 

 

 

Fontes Consultadas:

Organização Mundial da Saúde (OMS): Informações sobre o IMC como ferramenta global para avaliar o estado nutricional. 
Ministério da Saúde (Brasil): Dados e diretrizes sobre o uso do IMC na saúde pública brasileira. 
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM): Avaliação da eficácia do IMC e outros métodos de avaliação da saúde. 

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NOTA: Nosso conteúdo é meramente informativo e educacional, portanto, não substitui orientações médicas. Consulte sempre um profissional de saúde para cuidados específicos.

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